sexta-feira, 20 de junho de 2008

CIA CASA DE JORGE


TEATRO DAS ARTES - 2008



Sobre o primeiro espetáculo da Cia Casa de Jorge


Estreou na 3ª feira passada "Não Vamos Falar Sobre Isso Agora" no Teatro das Artes do Shopping da Gávea. Um belo espetáculo que recomendo a todos que gostam de teatro. Além de um elenco jovem afinadíssimo, Ana Kutner, Thais Tedesco, Isabella Lomez e Pedro Henrique Monteiro, direção clara e inteligente de Jorge Caetano, tem texto de Julia Spadaccini, a grande revelação de autora da nova dramaturgia. O texto de Julia tem humor sem ser superficial, sabe lidar com os sentimentos nos territórios mais desconhecidos da alma humana sem deixar de rir de si própria.
IMPERDÍVEL!


05 de maio de 2008
Paulo José.

quarta-feira, 18 de junho de 2008

FORUM VIRTUAL DE LITERATURA E TEATRO

ENTEVISTA CEDIDA POR E-MAIL POR JULIA SPADACCINI. ( 30/09/2007)
POR JULIANA PAMPLONA


Juliana – Você trabalha com um grupo fixo, uma companhia de teatro?

Júlia - Trabalho como dramaturga da "Cia Casa De Jorge”. estamos desenvolvendo um trabalho bem interessante a partir da dramaturgia. Estaremos em cartaz no Teatro das Artes a partir do dia 21 de maio com a peça “Não Vamos Falar Sobre Isso Agora”.

Juliana – De que modo o seu trabalho de diretora interfere na sua dramaturgia e vice-versa?

Júlia - Só dirigi uma peça minha. O gostoso de dirigir é poder colocar em prática minhas idéias sobre a atmosfera do texto, mas sei que direção não pode ser só isso. Você precisa também ter um olhar mais funcional, um olhar que ultrapassa o pensamento e vai para a realidade. Eu não sei fazer isso. Sou subjetiva até o último fio de cabelo. Se dirigir as minhas peças, elas terão uma over dose do meu próprio olhar e talvez fiquem chatas. Acho que eu mesma enjôo e fico catando os defeitos no meio do ensaio. Começo a trazer textos novos, mudar tudo e isso é péssimo. O negócio é fazer uma boa parceria. Não posso reclamar de nenhum diretor, pois tive sorte em ser bem traduzida para a cena. Acabei de ter uma peça dirigida (“Não Vamos Falar Sobre Isso Agora”) por um artista muito especial, o diretor Jorge Caetano. Não é questão somente de talento, apesar de o Jorge ser um artista brilhante, acho que é mais a coisa da sintonia. Estamos exatamente na mesma freqüência criativa. Falando a mesma língua. Isso é único. A direção do Jorge é um abraço na minha alma.

Juliana – Quais as suas principais referências e interlocutores como dramaturga?

Júlia
- O meu olhar passeia o dia todo buscando referências. Os amigos, o jornaleiro, o analista, o trocador etc... Eu tenho a síndrome do agora. Quero falar do comportamento humano em 2008. Sou formada em artes cênicas e psicologia. Trabalhei durante quatro anos numa clínica psiquiátrica. Esse universo comportamental é o meu interesse. Os meandros da psiqué. Vou de Jung à Clarice Lispector nas referências literárias, passando por Capra, Mário Quintana, Lagarce, Borges, Dostoiévski, Monteiro Lobato e tudo o mais que me encha de reflexões. Meus interlocutores são todos aqueles que através da arte tentam desvendar os mistérios da alma... então, são muitos...

sexta-feira, 2 de maio de 2008

segunda-feira, 31 de março de 2008

Cada vez que alguém me falava de você eu ficava arrepiada. Quando alguém dizia o seu nome. Seu nome... um nome tão comum, mas depois de você o seu nome ganhou uma vida inacreditável. Seu nome era um bicho com mil pernas e braços enormes prestes a me engolir. E quando alguém falava de você, me dava uma dor, eu tinha vontade de arrancar o seu nome da boca dos outros